quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Por 6 a 5, Supremo decide dar nova chance a 12 réus do mensalão



Celso de Mello desempatou, e tribunal aceitou embargos infringentes


Com isso, José Dirceu e mais 11 réus serão julgados novamente.


Com o voto dado pelo ministro Celso de Mello nesta quarta-feira (18), o plenário doSupremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por seis votos a cinco, pela validade dos embargos infringentes, recurso que leva a um novo julgamento nas condenações em que o réu obteve ao menos quatro votos favoráveis.
A decisão dará uma nova chance nos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha para 12 dos 25 condenados no processo do mensalão. Com isso, o encerramento da ação penal e o cumprimento das prisões – que poderiam ocorrer ainda neste ano – deve ficar para 2014.
fonte:o globo.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Assembléia aprova Lei que garante Passe Livre para estudantes que se deslocam entre cidades

A Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei, que institui o Programa Passe Livre Estudantil e cria o Fundo Estadual do Passe Livre Estudantil, garantindo a gratuidade da passagem de ônibus intermunicipais a estudantes gaúchos com renda mensal de até 1,5 salário mínimo per capita. A proposta aprovada, substitui o projeto original, e determina que, para os estudantes que não estão na Região Metropolitana e Aglomerados Urbanos, os recursos serão repassados aos municípios. O valor de R$ 8 milhões, que será repassado através de convênio, será o mesmo destinado ao sistema público. Para as regiões metropolitana de Porto Alegre, Aglomeração Urbana do Litoral Norte, Sul e Nordeste será oferecido o passe livre, conforme proposta anterior.
O deputado Altemir Tortelli avaliou de forma muito positiva as alterações do projeto do Governo do Estado que institui o passe livre no Estado, contemplando agora todas as regiões do Estado. Tortelli avalia que o Governo teve sensibilidade para ampliar a concessão, já que estava instalado o impasse com a primeira proposta, que beneficiaria somente uma parte dos estudantes gaúchos. “Tivemos muitas conversas e dialogamos para que todos pudessem ter acesso a esse direito. Nossos posicionamentos e nossas ponderações foram fundamentais para chegarmos a esse consenso para aprovação do projeto”, diz Tortelli.
A proposta do Governo cria dois sistemas de gratuidade: um para os municípios emque o transporte é gerenciado pela Fundação Estadual de Planejamento Metropolitanoe Regional (Metroplan) e outro para as demais regiões através de repasse aosmunicípios. O Executivo estadual estima que os gastos com o atendimento àslocalidades cheguem a R$ 16 milhões ao ano, divididos entre os dois sistemas. Terãodireito à passagem gratuita os estudantes que tiverem como renda máxima umsalário-mínimo e meio.
De acordo com dados levantados pelo Governo do Estado, dos 428 mil estudantes universitários do Estado, cerca de 120 mil estudam em instituições fora dos aglomerados urbanos. Destes, 89% estão concentrados em instituições com sede em sete cidades polo: Bagé, Erechim, Ijuí, Lajeado, Passo Fundo, Santa Cruz e Santa Maria.
O cruzamento de dados disponíveis permite deduzir que cerca de 40% dos estudantes universitários de fora dos aglomerados urbanos residem em municípios distintos da sede de suas universidades. Informações do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) indicam que os estudantes universitários se deslocam, majoritariamente, através de ônibus fretados. No primeiro semestre de 2013, por exemplo, foram transportados 31 mil através em conduções fretadas, o que abrange 110 prefeituras municipais e 565 associações estudantis.
   Rádio Fandango.

Censo do MEC revela crescimento de matrículas no ensino superior


De acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2012, divulgados nesta terça-feira (17/9) pelo MEC (Ministério da Educação), o ensino superior no Brasil atingiu, no ano passado, 7.037.688 de matrículas na graduação, o que representa crescimento de 4,4% em relação a 2011. Desse total, o número de matrículas nas instituições públicas chegou a 1.087.413 e, nas privadas, a 5.140.312. Nas escolas privadas, houve crescimento de 3,5% e, nas públicas, de 7%.
"O setor privado é maior, mas foi o setor público que sustentou o crescimento", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Levando-se em consideração graduação e pós-graduação, as matrículas somaram 7.261.801.
"Temos 7,2 milhões na universidade e 7 milhões no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] querendo entrar. Apesar de toda a expansão no ensino superior, temos um número igual [aos que estão no ensino superior] batendo na porta, querendo entrar", ressaltou o ministro.
Segundo o levantamento, apesar de estarem em maior número, as faculdades, que representam 84% do número de institutos, atendem a pouco menos de 29% dos alunos. A maioria está nas universidades, que representam 8% das instituições e atendem a mais 54% dos alunos.

Agência Brasil - 17/09/2013 - 19h32

terça-feira, 10 de setembro de 2013

“……A PESSOA QUE ATRAPALHAVA SUA VIDA……"


   Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

   "Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

   No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

   - Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
   - Ainda bem que esse infeliz morreu !

   Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

   A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

   No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."

   O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda”.

Luíz Fernando Veríssimo

Geralmente quando erramos ou deixamos de fazer alguma coisa tendemos a culpar alguém que não seja a nós mesmos, pois, este parece ser o caminho mais fácil. O texto fala sobre não devermos culpar as pessoas ao nosso redor por não fazermos ou ter deixado de fazer algo em nossa vida, nossas escolhas, decisões, tudo depende exclusivamente do que nós queremos, e do que fazemos para conseguir vencer. Somente nós podemos seguir em frente com nossa vida ou deixa-la passar de ves.

Artigo de Luiz Fernando Veríssimo sobre o BBB



Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A décima (está indo longe) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo.Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE.Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gostade apanhar (essa é para acabar!!!).Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria deperguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores )Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.Luis Fernando Veríssimo

Crônica parafraseada de uma Síria em guerra

   Ela abre os olhos. Não fosse o cheiro horrível de morte, o silêncio seria até agradável; mas o olfato a lembra que não há paz – nem pessoas, vizinhos, crianças. A trégua na manhãzinha não traz esperança. Tão somente lhe permite descansar o corpo, mas não a mente. As lembranças da noite anterior ainda produzem sobressaltos. Bombas, casas caindo e soldados gritando.
   Levanta-se, bebe o pouco da água que restou do copo ao lado da cama. Já não é tão limpa nem farta como antes. Sempre um gosto amargo misturado com H2O.
   Abre a geladeira, e só encontra comida enlatada e congelada. E mesmo não tão congelada assim, já que os cortes diários de eletricidade derretem as camadas de gelo.
   Os sobrinhos ainda dormem, e ela tenta orar. Não consegue. A mente desconcentra-se facilmente. Em uma prece fragmentada pede a Deus descanso e trégua. E faz a oração sem pensar muito. Não precisa; é a mesma oração das últimas semanas.
   Ela não quer sair de casa. Não é teimosia, é falta de opção. “Para onde ir?”, pergunta, com uma voz desesperançosa. Está tão confusa que não consegue imaginar saídas.
   Nem a piedade de enterrar os mortos o governo permite. Cadáveres estão espalhados pelas ruas. As forças de    Assad impediram de sepultar ou mesmo remover os restos mortais. Ou seja, mesmo viva, ela não tem como fugir da morte escancarada diante de seus olhos. Não é fácil acreditar na vida quando a realidade grita o contrário.
   Se não podem sepultar os mortos, os sobreviventes tentam ao menos ajudar a curar as feridas dos machucados. Não podem levá-los aos hospitais da cidade, já que há um medo generalizado de que o governo prenda os feridos como se fossem prisioneiros de guerra. Resta improvisar atendimento nos campos. Não bastasse a precariedade do atendimento, não há medicamentos suficientes.
   Rebeca, de 32 anos, é trabalhadora autônoma. Ou melhor, era. Agora já não sabe mais o que é e o que faz em sua cidade Damasco, capital da Síria.
 

   Crônica parafraseada do depoimento de uma moradora da capital da Síria (identificada apenas pela letra “R”) ao jornal Folha de São Paulo, de quarta-feira, dia 25. A Síria está em revolta há 16 meses contra a ditadura de Bashar Assad. Nos últimos dias, o confronto contra os rebeldes se acirrou e as mortes aumentaram.

Os Conflitos na Síria

entenda os conflitos na Síria VALE 3 (Foto: Editoria de Arte / G1)